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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

SOBRE a VIDA

Coragem é recolher os pedaços quebrados e se reconstruir novamente

Ninguém nunca saberá quantas vezes você conseguiu se manter de pé mesmo sabendo que estava caindo aos pedaços. Só você sabe onde estão as marcas das suas feridas, essas que você foi reconstruindo muito lentamente, com um fio muito fino e a agulha das decepções. Porque a coragem nunca é ausência de sofrimento ou dor, mas sim a força de continuar em frente apesar do medo…
Com frequência, os neurologistas e os biólogos nos lembram que o cérebro está preparado evolutivamente para sobreviver a todo tipo de adversidade. Mas cada vez que a amargura e o sofrimento batem à porta, nos perguntamos “por que eu”. Quando isto acontecer, procure substituir essa pergunta por outra melhor: “para quê”.
Dizem que é de corajosos sorrir enquanto se está em frangalhos, mas coragem é, acima de tudo, ser capaz de recolher cada pedaço desses sonhos quebrados e reconstruí-los novamente, para serem mais fortes, mais dignos, mais belos.
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Poucos instantes vitais irão demandar tantos recursos interiores como esses nos quais de repente sentimos como se todo o nosso ser tivesse desmoronado por dentro e só restassem tristes escombros. As depressões, os traumas ou as perdas são momentos de grande dificuldade. Momentos nos quais a coragem pessoal é posta à prova.

Reparar o trauma nos nossos próprios mecanismos psíquicos e cerebrais

Antes de mais nada, é preciso entender que o cérebro, além de ser um organismo regido pelas emoções, também é um afinadíssimo e complexo órgão que se comunica graças a impulsos elétricos. Quando existe um trauma ou uma depressão, ele funciona com outra intensidade. Por isso é tão difícil se “equilibrar” e por isso o mundo parece de repente ganhar uma velocidade que não somos capazes de acompanhar.
  • Compreenda que você precisará de tempo. De certa forma, a ideia dos “pedaços quebrados” se parece um pouco ao que acontece com o cérebro quando nos encontramos em momentos de crise. Mais do que quebrado, está “desconectado”.
  • Pouco a pouco iremos nos reconectando a nós mesmos e com a realidade que nos rodeia. Este é o momento mais difícil porque vão aparecer todas as emoções juntas: a ira, a tristeza, o choro… Não tente contê-los, facilite o desabafo emocional.
  • A terceira parte requer proceder à ação construtiva. É a hora de aplicar essa “cola” do Kintsukuroi para assumir o controle, aceitar ajuda, apoio e se mostrar novamente para a vida no seu próprio ritmo.
  • A última fase e a mais decisiva é a reintegração. Nessa hora precisamos ser capazes de reconhecer a nossa própria mudança. As experiências traumáticas são sempre como ossos quebrados da alma, feridas que devemos curar para voltar a caminhar, a nos reintegrarmos plenamente ao movimento da vida. É hora, nessa fase, de recobrir as marcas das nossas próprias feridas com pó de ouro.
Porque já não seremos os mesmos de outrora. Acredite se quiser, se tivermos feito todo este processo direito, seremos incrivelmente mais fortes.
                                               ................Para Refletir.....................

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